sexta-feira, 10 de julho de 2015

Confira a lista com os animais que as futuras gerações podem não conhecer

Segundo um artigo publicado pela revista Veja, no Brasil, 1 173 animais estão ameaçados de extinção, de acordo com o último estudo do Ministério do Meio Ambiente. São animais como a baleia-azul ou o boto-cor-de-rosa, que podem desaparecer no próximo século.

Em todo o mundo, 41% dos anfíbios, 26% dos mamíferos e 13% dos pássaros estão próximos de desaparecer. No Brasil, são 1 173 animais ameaçados, de acordo com o último estudo do Ministério do Meio Ambiente, divulgado em dezembro. Se as estatísticas continuarem crescendo, em meio século, animais como o a onça-pintada, o boto-cor-de-rosa ou o tatu-bola talvez não existam soltos na natureza.

De acordo com as pesquisas, a maior parte da população de invertebrados, como abelhas ou borboletas, sofreu um declínio de 45% desde os anos 1970. No mesmo período, os vertebrados tiveram uma queda populacional de 30%. No total, 322 espécies desapareceram nos últimos 500 anos.

Os dados são baseados em estimativas, pois os pesquisadores conhecem cerca de 4% de todos os prováveis 11 milhões de animais de habitam o planeta. "Espécies raras e desconhecidas provavelmente estão ainda mais ameaçadas, pois descobrimos primeiros e prestamos mais atenção aos animais comuns", diz o biólogo americano Clinton Jenkins, pesquisador visitante da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), no Brasil. 

Para o equilíbrio ambiental e o bem-estar humano, o decréscimo dos animais na natureza é problemático. Perder a biodiversidade pode significar o surgimento e crescimento de doenças em humanos e a diminuição dos recursos naturais que movem a economia mundial.

Veja abaixo a lista dos animais ameaçados de extinção no Brasil:


1- Tartaruga-verde
Tartaruga-verde
Essa tartaruga, que chega a ter 1,5 metro de comprimento, vive nas zonas costeiras do Brasil, do Rio de Janeiro até as praias da região Nordeste. A espécie está na lista de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) desde 1996 e, no Brasil, entrou para o relatório do Ministério do Meio-Ambiente em 2003. Ela habita o Nordete do Brasil e, no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, há apenas 17 fêmeas e os estudos indicam uma diminuição de 48% a 67% no número de fêmeas que se reproduzem nos últimos anos. Os principais riscos à espécie são, além da caça, a captura acidental dos ovos em redes de pesca e a poluição dos mares, que impede sua reprodução. No Brasil, o Tamar, projeto de conservação internacionalmente reconhecido, têm contribuído para a manutenção da espécie. 

2- Boto-cor-de-rosa

Boto-cor-de-rosaMaior golfinho de água doce do mundo, com o macho que pode medir até 2,5 metros de comprimento, o boto-cor-de-rosa era abundante nos rios da Bacia Amazônica. Sua população começou a diminuir nos anos 1990 por causa da mortalidade acidental, decorrente da pesca e da poluição dos rios. Nos anos 2000, começou a ser caçado para servir de isca ao peixe piracatinga, muito apreciado na região, e a população tende a diminuir ainda por causa das secas e da construção de hidrelétricas no Amazonas, que afetam o habitat do animal e reduzem sua alimentação. Estima-se que sua população pode diminuir em 50% nos próximos 30 anos, o que levou à classificação de espécie em perigo na lista do Ministério do Meio Ambiente.

3- Lobo-guará

Lobo-guaráA população desse lobo, que habita o cerrado brasileiro, tem diminuído desde a década de 1980, devido ao desmatamento da região central e sul do Brasil. De acordo com os pesquisadores, nos próximos 21 anos, a espécie deve diminuir quase 30%. O lobo-guará tem longas pernas, orelhas grandes e pelagem avermelhada e chega a ter pouco mais de 1 metro de comprimento, fora a cauda que tem entre 38 e 50 centímetros. É classificado como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) desde 1982 e está na lista de espécies em perigo para o Ministério do Meio Ambiente.


4- Ararinha-azul

Ararinha-azulA história da ararinha-azul no Brasil é trágica. Conhecidas há 150 anos, existiam apenas três exemplares em 1986 – que não se reproduziram. Desde outubro de 2000, ninguém mais encontrou nenhuma ararinha-azul na natureza, apesar de terem sido percorridos mais de 55.000 quilômetros desde 1990 em busca dos pássaros. O que provavelmente levou à extinção da ave de pouco mais de 55 centímetros de comprimento e plumagem em vários tons de azul foi o tráfico de animais e a degradação de seu ambiente, no sertão da Bahia e Pernambuco. É considerada extinta na natureza pelo Ministério do Meio Ambiente e a IUCN.

5- Tatu-bola

Tatu-bolaMascote da Copa deste ano no Brasil, o tatu-bola foi classificado como espécie em perigo em 1994 pela IUCN. É animal nativo do Norte e Nordeste brasileiro. Devido à caça e à diminuição de 45% da caatinga entre os anos de 1965 e 1985, sua população caiu pela metade. A principal característica desse bicho, que gosta de cavar buracos e tem um tamanho médio de 36 centímetros de comprimento, é se enrolar completamente dentro da carapaça e virar uma bola para fugir dos predadores.



6- Mico-leão-dourado
Mico-leão-dourado
O declínio da população do mico-leão-dourado se deve ao desmatamento de seu habitat, na Mata Atlântica fluminense. Acredita-se que, dos 6.000 quilômetros quadrados, restem apenas 500 quilômetros quadrados para a espécie habitar. Devido aos esforços de conservação, o número de animais, que exibe a pelagem ruiva e dourada e tem pouco mais de 26 centímetros de comprimento, aumentou nos últimos anos e deixou de estar criticamente em perigo em 2003.



7- Tamanduá-bandeira

Tamanduá-bandeira
Estima-se que, nos últimos 26 anos, pelo menos 30% da população de tamanduás-bandeira tenha desaparecido no Brasil. A espécie, que se alimenta de formigas e pode ultrapassar os 2 metros de comprimento, vive em quase toda a América do Sul. Por causa do desmatamento das florestas da região, é considerada uma espécie vulnerável desde 1982 pela lista da IUCN.



8- Baleia-azul
Baleia-azul
Calcula-se que menos de 1% dos animais tenha resistido à caça comercial, que começou em 1904. A baleia-azul é tida como espécie em perigo desde 1986 pela IUCN e, no Brasil, recebeu a classificação de criticamente em perigo. Com até 30 metros de comprimento e 180 toneladas, ela habita todos os oceanos da Terra. De acordo com um relatório de 2002, apenas 5 000 a 12 000 dessas baleias devem ainda existir no mundo.



9- Onça-pintada

Onça-pintadaApesar de viver em quase todo o Brasil, os pesquisadores estimam que existem menos de 10 000 onças pintadas em todo o país. As principais ameaças à espécie são a perda do habitat, relacionada à expansão agrícola e urbanização, e a caça. Nos últimos 27 anos, sua população diminuiu em 30% e um decréscimo semelhante deve ocorrer nos próximos 27 anos. O animal, que chega a cerca de 1,50 metro de comprimento da ponta do focinho à cauda, é classificado como vulnerável pela lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente.

10- Arara-azul-de-lear

Os pesquisadores que existam apenas 228 indivíduos desse tipo de arara que, no Brasil, habita o nordeste da Bahia. A principal ameaça à espécie é o tráfico de animais silvestres e a diminuição do seu habitat. No entanto, iniciativas de conservação locais estão conseguindo aumentar o número de araras na natureza. É considerada uma espécie em perigo pelo Ministério do Meio Ambiente e pela IUCN.



11- Morcego

MorcegoEssa espécie de mamífero voador é rara e habita cavernas da América do Sul. No Brasil, sua população diminuiu em decorrência da atividade mineradora. Os pesquisadores estimam que, nos próximos dez anos, a espécie sofrerá um declínio de pelo menos mais 30%. Ao contrário da maior parte dos morcegos, essa espécie se alimenta de insetos, como borboletas. É classificada com vulnerável pelo Ministério do Meio Ambiente brasileiro.

Leia mais em: A verdade sobre os morcegos


12- Lacraia
Lacraia
Descoberta em 2014 e caracterizada como vulnerável pelo Ministério do Meio Ambiente, essa lacraia, um pequeno invertebrado, existe apenas na toca do Gonçalo, em Campo Formoso, na Bahia. Apenas um indivíduo foi registrado e a caverna é usada como espaço para a retirada de água e para a pecuária local. As lacraias são animais peçonhentos e comem pequenos roedores e anfíbios. É alimento de corujas e sapos.



13- Pepino-do-mar

Pepino-do-mar
Esse invertebrado marinho que tem no máximo 25 milímetros vive em apenas 10 metros quadrados de uma única praia do litoral norte de São Paulo. Há menos de 250 exemplares da espécie, que ajuda a reciclar nutrientes e matéria orgânica marinha. Por causa de sucessivos derramamentos de óleo e poluição, a espécie é caracterizada pelo Ministério do Meio Ambiente como criticamente em perigo.



14- Rato-do-mato
Rato-do-mato
Estima-se que o número de animais dessa espécie, que habita o cerrado de Minas Gerais e Goiás, na Chapada dos Veadeiros, tenha caído pela metade nos últimos dez anos. A razão é o desmatamento e a destruição do habitat. Roedores, alimentos de cobras e outros répteis, são elementos importantes para o equilíbrio ambiental, pois se alimentam de invertebrados. É categorizada com em perigo pelo Ministério do Meio Ambiente.


15- Perereca de Alcatraz

Perereca de Alcatraz
A espécie vive somente na Ilha de Alcatrazes, no litoral Norte de São Paulo. Ela habita as bromélias da ilha que, por causa dos antigos treinos da Marinha brasileira, quase se extinguiram. Essas pererecas, importantes para o controle de insetos, foram caracterizadas como criticamente em perigo pelo Ministério do Meio Ambiente.




16- Piolho de cobra
Piolho de cobra
Essa espécie habita a área da Usina Hidroelétrica de Guaporé, no Vale do São Domingo, no Mato Grosso. Como a região é isolada por extensas áreas de agricultura e pecuária e a espécie é rara, foi classificada como vulnerável pelo Ministério do Meio Ambiente. Esses animais invertebrados são herbívoros e também se alimentam de matéria vegetal morta, contribuindo para a degradação do lixo.


17- Aranha caranguejeira

Aranha caranguejeiraEsse tipo de aranha é típica do Brasil e habita o sul da Bahia. Ela vive em árvores e, devido ao uso de seu habitat para agricultura e pastagens, a população de caranguejeiras tem diminuído. Além disso, de acordo com o Instituto Chico Mendes, ela é usada como bicho de estimação no exterior, tornando-se alvo de tráfico internacional. Elas não são nocivas ao homem e têm cerca de 25 centímetros de comprimento. Esse tipo de aranha se alimenta de pequenos pássaros ou roedores. É caracterizada como espécie em perigo pelo Ministério do Meio Ambiente.
Leia mais em: Aranha caranguejeira (Tarântula)

18- Saúva-preta
Saúva-preta
A saúva-preta é uma formiga tipicamente brasileira e vive nas restingas do litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A degradação desse ambiente, que se tornou muito urbanizado, é o principal obstáculo às saúvas. É considerada uma praga agrícola, pois se alimentam de pedaços de folhas. No entanto, essa formiga elimina também plantas mortas, doentes ou fracas, que leva para seus formigueiros para sua alimentação, ajudando, assim, no ciclo natural de degradação dos vegetais. Ela é caracterizada como vulnerável pela lista do Ministério do Meio Ambiente.


Fonte do conteúdo: Confira a lista com os animais que as futuras gerações podem não conhecer | Mundo Biologia http://www.mundobiologia.com/2015/01/confira-lista-com-os-animais-que-as-futuras-geracoes-podem-nao-conhecer.html#ixzz3fSCPw1FO

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