Segundo um artigo publicado pela revista Veja, no Brasil, 1 173 animais estão ameaçados de extinção, de acordo com o último estudo do Ministério do Meio Ambiente. São animais como a baleia-azul ou o boto-cor-de-rosa, que podem desaparecer no próximo século.
Em todo o mundo, 41% dos anfíbios, 26% dos mamíferos e 13% dos pássaros estão próximos de desaparecer. No Brasil, são 1 173 animais ameaçados, de acordo com o último estudo do Ministério do Meio Ambiente, divulgado em dezembro. Se as estatísticas continuarem crescendo, em meio século, animais como o a onça-pintada, o boto-cor-de-rosa ou o tatu-bola talvez não existam soltos na natureza.
De acordo com as pesquisas, a maior parte da população de invertebrados, como abelhas ou borboletas, sofreu um declínio de 45% desde os anos 1970. No mesmo período, os vertebrados tiveram uma queda populacional de 30%. No total, 322 espécies desapareceram nos últimos 500 anos.
Os dados são baseados em estimativas, pois os pesquisadores conhecem cerca de 4% de todos os prováveis 11 milhões de animais de habitam o planeta. "Espécies raras e desconhecidas provavelmente estão ainda mais ameaçadas, pois descobrimos primeiros e prestamos mais atenção aos animais comuns", diz o biólogo americano Clinton Jenkins, pesquisador visitante da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), no Brasil.
Para o equilíbrio ambiental e o bem-estar humano, o decréscimo dos animais na natureza é problemático. Perder a biodiversidade pode significar o surgimento e crescimento de doenças em humanos e a diminuição dos recursos naturais que movem a economia mundial.
Veja abaixo a lista dos animais ameaçados de extinção no Brasil:
1- Tartaruga-verde

Essa tartaruga, que chega a ter 1,5 metro de comprimento, vive nas zonas costeiras do Brasil, do Rio de Janeiro até as praias da região Nordeste. A espécie está na lista de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) desde 1996 e, no Brasil, entrou para o relatório do Ministério do Meio-Ambiente em 2003. Ela habita o Nordete do Brasil e, no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, há apenas 17 fêmeas e os estudos indicam uma diminuição de 48% a 67% no número de fêmeas que se reproduzem nos últimos anos. Os principais riscos à espécie são, além da caça, a captura acidental dos ovos em redes de pesca e a poluição dos mares, que impede sua reprodução. No Brasil, o Tamar, projeto de conservação internacionalmente reconhecido, têm contribuído para a manutenção da espécie.
2- Boto-cor-de-rosa

3- Lobo-guará

4- Ararinha-azul

5- Tatu-bola

6- Mico-leão-dourado

O declínio da população do mico-leão-dourado se deve ao desmatamento de seu habitat, na Mata Atlântica fluminense. Acredita-se que, dos 6.000 quilômetros quadrados, restem apenas 500 quilômetros quadrados para a espécie habitar. Devido aos esforços de conservação, o número de animais, que exibe a pelagem ruiva e dourada e tem pouco mais de 26 centímetros de comprimento, aumentou nos últimos anos e deixou de estar criticamente em perigo em 2003.
7- Tamanduá-bandeira

Estima-se que, nos últimos 26 anos, pelo menos 30% da população de tamanduás-bandeira tenha desaparecido no Brasil. A espécie, que se alimenta de formigas e pode ultrapassar os 2 metros de comprimento, vive em quase toda a América do Sul. Por causa do desmatamento das florestas da região, é considerada uma espécie vulnerável desde 1982 pela lista da IUCN.

Calcula-se que menos de 1% dos animais tenha resistido à caça comercial, que começou em 1904. A baleia-azul é tida como espécie em perigo desde 1986 pela IUCN e, no Brasil, recebeu a classificação de criticamente em perigo. Com até 30 metros de comprimento e 180 toneladas, ela habita todos os oceanos da Terra. De acordo com um relatório de 2002, apenas 5 000 a 12 000 dessas baleias devem ainda existir no mundo.
9- Onça-pintada

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Os pesquisadores que existam apenas 228 indivíduos desse tipo de arara que, no Brasil, habita o nordeste da Bahia. A principal ameaça à espécie é o tráfico de animais silvestres e a diminuição do seu habitat. No entanto, iniciativas de conservação locais estão conseguindo aumentar o número de araras na natureza. É considerada uma espécie em perigo pelo Ministério do Meio Ambiente e pela IUCN.
11- Morcego

Leia mais em: A verdade sobre os morcegos
12- Lacraia

13- Pepino-do-mar
12- Lacraia

Descoberta em 2014 e caracterizada como vulnerável pelo Ministério do Meio Ambiente, essa lacraia, um pequeno invertebrado, existe apenas na toca do Gonçalo, em Campo Formoso, na Bahia. Apenas um indivíduo foi registrado e a caverna é usada como espaço para a retirada de água e para a pecuária local. As lacraias são animais peçonhentos e comem pequenos roedores e anfíbios. É alimento de corujas e sapos.
13- Pepino-do-mar

Esse invertebrado marinho que tem no máximo 25 milímetros vive em apenas 10 metros quadrados de uma única praia do litoral norte de São Paulo. Há menos de 250 exemplares da espécie, que ajuda a reciclar nutrientes e matéria orgânica marinha. Por causa de sucessivos derramamentos de óleo e poluição, a espécie é caracterizada pelo Ministério do Meio Ambiente como criticamente em perigo.
14- Rato-do-mato

Estima-se que o número de animais dessa espécie, que habita o cerrado de Minas Gerais e Goiás, na Chapada dos Veadeiros, tenha caído pela metade nos últimos dez anos. A razão é o desmatamento e a destruição do habitat. Roedores, alimentos de cobras e outros répteis, são elementos importantes para o equilíbrio ambiental, pois se alimentam de invertebrados. É categorizada com em perigo pelo Ministério do Meio Ambiente.
15- Perereca de Alcatraz

A espécie vive somente na Ilha de Alcatrazes, no litoral Norte de São Paulo. Ela habita as bromélias da ilha que, por causa dos antigos treinos da Marinha brasileira, quase se extinguiram. Essas pererecas, importantes para o controle de insetos, foram caracterizadas como criticamente em perigo pelo Ministério do Meio Ambiente.
16- Piolho de cobra

Essa espécie habita a área da Usina Hidroelétrica de Guaporé, no Vale do São Domingo, no Mato Grosso. Como a região é isolada por extensas áreas de agricultura e pecuária e a espécie é rara, foi classificada como vulnerável pelo Ministério do Meio Ambiente. Esses animais invertebrados são herbívoros e também se alimentam de matéria vegetal morta, contribuindo para a degradação do lixo.
17- Aranha caranguejeira

Leia mais em: Aranha caranguejeira (Tarântula)
18- Saúva-preta

18- Saúva-preta

A saúva-preta é uma formiga tipicamente brasileira e vive nas restingas do litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A degradação desse ambiente, que se tornou muito urbanizado, é o principal obstáculo às saúvas. É considerada uma praga agrícola, pois se alimentam de pedaços de folhas. No entanto, essa formiga elimina também plantas mortas, doentes ou fracas, que leva para seus formigueiros para sua alimentação, ajudando, assim, no ciclo natural de degradação dos vegetais. Ela é caracterizada como vulnerável pela lista do Ministério do Meio Ambiente.
Fonte do conteúdo: Confira a lista com os animais que as futuras gerações podem não conhecer | Mundo Biologia http://www.mundobiologia.com/2015/01/confira-lista-com-os-animais-que-as-futuras-geracoes-podem-nao-conhecer.html#ixzz3fSCPw1FO
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