Afinal, por que sonhamos?
Por esse motivo, os sonhos podem ser muito estranhos. Nos lembramos de quando queríamos ser piratas, de quando fomos ao zoológico com a nossa avó e de quando namorávamos ou queríamos namorar com a Jennifer Lawrence, em combinações diferentes, em sequência ou com intermitências, explica Ivan Izquierdo, coordenador do Centro de Memória da PUCRS.
Mas qual é a serventia de sonhar?
Os neurocientistas são taxativos: "ninguém sabe". Pode ser que sirvam para ensaiar memórias, como os ensaios do teatro, ou para auxiliar na consolidação de memórias, completa Izquierdo.
Para o psiquiatra e psicanalista da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre e presidente do Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre, Gustavo Soares, é difícil sintetizar o significado do sonho. Mas foram os estudos de Sigmund Freud que deram outro sentido a ele.
Em 1900, o austríaco Sigmund Freud causou uma revolução no estudo da mente ao publicar A Interpretação dos Sonhos. Nele, o pai da psicanálise contestava a noção bíblica de que os sonhos eram fenômenos sobrenaturais, dizendo que derivavam da psique humana. Decifrá-los, portanto, seria a chave para entender o que se passa dentro da nossa cachola. Essas teorias foram ridicularizadas por muito tempo e somente agora, mais de 100 anos depois, elas estão sendo testadas.
A primeira idéia de Freud confirmada pela ciência é a de que os sonhos seriam restos do dia. Ou seja: algo que acontece com você de dia reverbera durante os sonhos. A comprovação científica disso foi feita em 1989 por Constantine Pavlides e Jonathan Winson na Universidade Rockefeller. Ao observar cérebros de ratos, eles descobriram que os neurônios mais ativados durante o dia continuavam a ser ativados durante a noite. Do mesmo modo, os neurônios pouco ativados durante o dia tampouco eram durante a noite. O que isso significa? “Significa, por exemplo, que, se uma pessoa teve hoje uma experiência marcante, a chance de essa experiência entrar em seu sonho é muito grande”, diz Sidarta Ribeiro, diretor de pesquisas do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN–ELS).
“Tudo indica que o sonho tem a função de simular comportamentos – tanto os que levam a recompensa (os bons) como os que levam a punição (os pesadelos)”, diz Sidarta Ribeiro. “Portanto, sua função seria evitar ações que resultem em punição e procurar aquelas que levam à satisfação do desejo.”
Além de ser indispensável para nosso equilíbrio orgânico, o sonho é um fenômeno psíquico bastante revelador do que somos. No período moderno, o maior decifrador dos sonhos foi Freud. Para ele, os sonhos são realizações de desejos. Sonhamos com aquilo que desejamos enquanto estamos acordados.
Crianças, por exemplo, mostram isso de forma mais evidente porque sonham sobre coisas mais imediatas: se lhes for recusado um doce, vão sonhar com comida. No caso dos adultos, desejos reprimidos também aparecem. E como esses desejos são em geral ligados à sexualidade ou à agressividade, os sonhos dos adultos tornam-se na maior parte das vezes ininteligíveis ou mesmo absurdos.
Para Sigmund Freud, os pesadelos ocorrem quando tomamos contato com nossos desejos proibidos latentes, que surgem como algo ameaçador, aumentando a tensão psíquica e nos fazendo acordar. No passado, os sonhos eram interpretados por mágicos e adivinhos.
Para o psiquiatra e psicanalista da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre e presidente do Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre, Gustavo Soares, é difícil sintetizar o significado do sonho. Mas foram os estudos de Sigmund Freud que deram outro sentido a ele.
Em 1900, o austríaco Sigmund Freud causou uma revolução no estudo da mente ao publicar A Interpretação dos Sonhos. Nele, o pai da psicanálise contestava a noção bíblica de que os sonhos eram fenômenos sobrenaturais, dizendo que derivavam da psique humana. Decifrá-los, portanto, seria a chave para entender o que se passa dentro da nossa cachola. Essas teorias foram ridicularizadas por muito tempo e somente agora, mais de 100 anos depois, elas estão sendo testadas.
A primeira idéia de Freud confirmada pela ciência é a de que os sonhos seriam restos do dia. Ou seja: algo que acontece com você de dia reverbera durante os sonhos. A comprovação científica disso foi feita em 1989 por Constantine Pavlides e Jonathan Winson na Universidade Rockefeller. Ao observar cérebros de ratos, eles descobriram que os neurônios mais ativados durante o dia continuavam a ser ativados durante a noite. Do mesmo modo, os neurônios pouco ativados durante o dia tampouco eram durante a noite. O que isso significa? “Significa, por exemplo, que, se uma pessoa teve hoje uma experiência marcante, a chance de essa experiência entrar em seu sonho é muito grande”, diz Sidarta Ribeiro, diretor de pesquisas do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN–ELS).
“Tudo indica que o sonho tem a função de simular comportamentos – tanto os que levam a recompensa (os bons) como os que levam a punição (os pesadelos)”, diz Sidarta Ribeiro. “Portanto, sua função seria evitar ações que resultem em punição e procurar aquelas que levam à satisfação do desejo.”
Além de ser indispensável para nosso equilíbrio orgânico, o sonho é um fenômeno psíquico bastante revelador do que somos. No período moderno, o maior decifrador dos sonhos foi Freud. Para ele, os sonhos são realizações de desejos. Sonhamos com aquilo que desejamos enquanto estamos acordados.
Crianças, por exemplo, mostram isso de forma mais evidente porque sonham sobre coisas mais imediatas: se lhes for recusado um doce, vão sonhar com comida. No caso dos adultos, desejos reprimidos também aparecem. E como esses desejos são em geral ligados à sexualidade ou à agressividade, os sonhos dos adultos tornam-se na maior parte das vezes ininteligíveis ou mesmo absurdos.
Para Sigmund Freud, os pesadelos ocorrem quando tomamos contato com nossos desejos proibidos latentes, que surgem como algo ameaçador, aumentando a tensão psíquica e nos fazendo acordar. No passado, os sonhos eram interpretados por mágicos e adivinhos.
Fonte do conteúdo: Afinal, por que sonhamos? | Mundo Biologia http://www.mundobiologia.com/2015/01/afinal-por-que-sonhamos.html#ixzz3fS3OL7al
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