sexta-feira, 20 de março de 2015

Doenças causadas por vírus e bactérias

Sarampo 


Sarampo: O Sarampo é uma doença viral, e é uma infecção do sistema respiratório, causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de gotículas expelidas pelo nariz, boca ou garganta de pessoas infectadas.
Sintomas: No Período Prodrômico: corresponde ao período de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas com base no qual o diagnóstico pode ser estabelecido, alguns dos sintomas possíveis são: entre 8 e 12 dias incluem febre alta, coriza, olhos vermelhos, e pequenas manchas brancas na parte interna da boca uma erupção se desenvolve, geralmente começando no pescoço e na face e gradualmente se espalhando pelo corpo. Mal estar geral, Febre alta, Infecções de garganta, Infecção no nariz, Aversão a luz, Conjuntivite, Tosse com catarro, Dificuldade de ingestão; Período Exantemático: Ocorre piora dos sintomas do período prodrômico, e as complicações podem incluir: Erupções cutâneas por todo corpo, Secreções aumentadas nas vias respiratórias superiores Elevada produção de muco nos pulmões, Voz rouca, Faringe e boca inflamadas. Período descamativo: nesse período as manchas escurecem e surge a descamação fina, febre e tosse diminuem sensivelmente. Possíveis complicações: Conjuntivite intensa, Pneumonia, Infecção no ouvido, Diarreia, Encefalite.

 Transmissão: É espalhada pela tosse, espirros, beijos, pelas gotículas que saem quando se fala e qualquer outra forma de contato com fluidos do nariz de uma pessoa infectada e boca, diretamente ou através de objetos (como copos e talheres). É altamente contagiosa, 90% das pessoas que ainda não possuem imunidade são contaminadas caso compartilhem o mesmo ambiente com uma pessoa infectada por algumas horas por dia (casa, creche, escola, trabalho...). O período contagioso começa 2-4 dias antes do aparecimento das marquinhas pelo corpo e continua até 2-5 dias após o início delas (Infectividade de quatro a nove dias no total).
Mais de 95% das mortes por sarampo ocorrem em países subdesenvolvidos com sistemas de saúde deficientes, apesar da vacina ser barata, segura e muito eficaz. Estima-se que mais de 20 milhões de pessoas foram contaminadas pelo sarampo em 2010.

Diagnostico:  O diagnóstico é clinico devido às características muito típicas, especialmente as manchas de Koplik - manchas brancas na mucosa da boca-parte interna da bochecha. Pode ser feita detecção de antigênios em amostra de sangue. As técnicas utilizadas no diagnóstico laboratorial para a detecção são: a) (EIE/ELISA) Ensaio imunoenzimático para dosagem de IgM e IgG; b) (HI) Inibição da hemaglutinação para dosagem de Ac totais; c) Imunofluorescência para dosagem de IgM e IgG e d) Neutralização em placa. No Brasil o mais usado é o ELISA.

Prevenção: A prevenção é feita por vacinas. Geralmente a criança nasce com algumas células de defesa da mãe protegendo-a e toma a primeira dose de vacina entre o primeiro e o segundo ano de vida, e a segunda dose entre os quatro e os cinco anos. Caso alguma criança seja identificada com a doença é recomendado que todos indivíduos não vacinados da região tomem a vacina imediatamente e os indivíduos contaminados fiquem de repouso em casa longe dos que não tenham a imunidade.
Quando não ocorrem complicações, o doente fica curado em 15 dias, o risco de transmissão se torna nulo apenas depois de 10 dias. Antes disso é recomendado evitar aglomerações.
Graças a vacinação, em todo o mundo o número de casos de sarampo caiu 60% de uma estimativa de 873.000 mortes para 345.000 em 2005. As estimativas para 2008 indicam que o número de mortes caiu para 164.000, com 77% das mortes restantes por sarampo ocorrendo na região do Sudeste Asiático.

Catapora


Catapora: Varicela (popularmente conhecida no Brasil como catapora) é uma doença infecciosa aguda, comum na infância, altamente contagiosa, causada pelo vírus varicela-zóster, também conhecido como HHV3 (do inglês human herpes virus ). O herpes-zóster é uma doença da secundária, decorrente de uma forma reincidente tardia dos vírus da varicela que permaneceu dormente nos gânglios nervosos. A varicela é mais comum em crianças, enquanto a herpes-zóster é mais comum em adultos e idosos.

Transmissão: É altamente infecciosa, infectando a maioria das pessoas que nunca tiveram a doença e passaram mais de uma hora estudando na mesma sala que uma pessoa infectada ou que conversaram cara-a-cara com um infectado. A transmissão se dá por via aérea, em gotículas de espirros ou de tosse, ou pelo contato com as lesões avermelhadas (exantemas). É possível a transmissão do vírus na fase zóster para crianças não vacinadas, o que dificulta muito a erradicação da doença.
Alguém com varicela começa a infectar outras pessoas cerca de um a dois dias antes das bolinhas vermelhas começarem a aparecer e continua infectando por cerca de cinco a seis dias até que todas as bolhas tenham formado cascas. A transmissão também pode ocorrer durante a gestação (da mãe para o feto) causando complicações para ambos.
Sintomas: A varicela é uma das várias doenças comuns na infância que geram lesões arredondadas e avermelhadas por todo o corpo (exantemas). As outras com sintomas similares são sarampo, rubéola, roséola, escarlatina e o eritema infeccioso. Os sintomas iniciais são: Febre 37,5°C e 39,5 Mal-estar Falta de apetite Dor de cabeça Cansaço Lesões avermelhadas na pele, As lesões avermelhadas na pele, seu sintoma mais característico, aparece entre um ou dois dias depois da infeção quando surgem por todo o corpo e que conforme os dias passam vão virando pequenas bolhas cheias de líquido. Eventualmente essas bolhinhas formam uma crostas que provocam muita coceira, mas que diminui o risco de transmissão.

Diagnostico: O diagnóstico é feito principalmente através do quadro clínico-epidemiológico. O vírus pode ser isolado para análise retirando exemplares das lesões vesiculares durante os primeiros 3 a 4 dias de erupção. A detecção do DNA viral pode ser feita por PCR. A detecção dos antigênios virais ou de anticorpos específicos pode ser feita por imunofluorescência.
Tratamento: Não há cura, mas há antivirais (como o aciclovir e o valaciclovir, comercializados no Brasil) indicados em pacientes imunodeprimidos (como oncológicos, reumatológicos e outros) ou até mesmo imunocompetentes, a fim de evitar a neuralgia pós herpética (sequela dolorosa do Herpes Zoster) ou aliviar sintomas de grande expressão (como impossibilidade de ingestão hídrica pelo acometimento de mucosas).


Rubéola


Rubéola: A rubéola (ou também distintamente conhecida como o sarampo alemão) é uma doença causada pelo togavírus e transmitida por via respiratória. Seus principais sintomas são muito parecidos com outras doenças virais comuns na infância, como sarampo e caxumba (papeira), geralmente envolvendo febre, manchas avermelhadas pelo corpo, dor nos olhos, dor pelo corpo, dificuldade ao engolir, nariz entupido e inchamento dos pés. Geralmente cura-se sozinha, mesmo sem tratamento, mas, em infecções de mulheres grávidas, o embrião pode sofrer malformações. Mesmo que não apresente sintomas perceptíveis, o doente de rubéola pode contaminar as pessoas com quem convive,e em todos os casos é extremamente desagradável. A rubéola é um dos cinco exantemas (doenças com marcas vermelhas na pele) da infância. Os outros são o sarampo, a varicela, o eritema infeccioso e a roséola.
O vírus ataca mais durante a primavera nos países com climas temperados. Antes da vacina contra a rubéola, introduzida em 1969, surtos ocorreram, geralmente, a cada 6-9 anos nos Estados Unidos e 3-5 anos na Europa, afetando principalmente as crianças na faixa etária de 5-9 anos de idade. Desde a introdução da vacina, as ocorrências se tornaram raras nos países desenvolvidos, mas continuam comuns nos países mais pobres. A doença está em processo de erradicação pela OMS, porém enquanto houver países sem campanhas de vacinação sempre existe o risco do vírus ser re-introduzido em países que já haviam o erradicado.

Transmissão: A transmissão é: se o indivíduo contaminado tossir ou espirrar,lança micro-partículas pelo ar assim passando rubéola a outro indivíduo,o mais próximo possível.
Sintomas: A infecção, geralmente, tem evolução auto-limitada e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica perceptíveis. Os sintomas mais comuns são:Febre (até 45grausC); Aumento dos gânglios linfáticos na perna, Hipertrofia ganglionar retro-ocular e suboccipital, Manchas (máculas) avermalhadas (exantemas) cutâneas, inicialmente na boca e que evoluem rapidamente em direção aos pés e em geral desaparecem em menos de 5 dias. Dores pelo corpo. Outros sintomas são a vermelhidão (inflamação) dos olhos, dor de cabeça, dor ao engolir, pele seca, congestão nasal e espirros. Frequentemente é confundido com o sarampo e a caxumba, porém, considerando que o tratamento e os riscos são similares, a importância do diagnóstico é saber quem é imunizado contra cada uma delas (tomar a vacina tríplice viral imuniza contra as três). O vírus da rubéola só é realmente perigoso quando a infecção ocorre durante a gravidez, com invasão da placenta e infecção do embrião, especialmente durante os primeiros três meses de gestação. Nessas circunstâncias, a rubéola pode causar aborto, morte fetal, parto prematuro e malformações congênitas (cataratas, glaucoma, surdez, cardiopatia congênita, microcefalia com retardo mental ou espinha bífida). Uma infecção nos primeiros três meses da gravidez pelo vírus da rubéola é suficiente para a indicação de aborto voluntário da gravidez.

Diagnostico: O diagnóstico clínico é difícil por semelhança dos sintomas com os dos outras doenças causadas por vírus com sintomas semelhantes (como sarampo, caxumba, influenza e dengue). É mais freqüentemente sorológico, com detecção de anticorpos específicos para o vírus, que pode ser melhor identificado quatro dias depois do aparecimento das manchas pelo corpo, ou por ELISA (teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos no soro). Como ela se cura mesmo sem tratamento específico, sua investigação laboratorial é geralmente restrita apenas para mulheres grávidas.
A doença não é séria mas crianças de sexo masculino necessitam tomar vacina, que freqüentemente são inoculadas para prevenir as epidemias ou que depois infectem, no futuro, mulheres grávidas não vacinadas. É importante que todas as mulheres tomem a vacina devido ao risco de que apareça, mais tarde, durante períodos de gravidez.

O tratamento: O tratamento geralmente se restringe a controlar os sintomas enquanto o próprio organismo desenvolve resistência ao vírus. O uso de analgésicos como o paracetamol ou dipirona sódica podem amenizar a dor. Antipiréticos (também chamados de Antitérmicos) são usados para amenizar a febre. Caso a mulher esteja grávida pode-se administrar gamaglobulinas (um tipo de anticorpos) como meio de prevenir problemas sérios na gravidez. Como é difícil tratar doenças virais as políticas de saúde são focalizados na prevenção através da vacina tríplice viral. Algumas malformações menos graves do feto como surdez e catarata podem ser amenizadas com cirurgias corretivas. Porém, em muitos casos a surdez e problemas visuais são muito difíceis de serem corrigidos ou muito caros.

Gonorreia


Blenorragia, também denominada gonorreia ou blenorreia, consiste em uma infecção bacteriana causada pela Neisseria gonorreae: nome escolhido em homenagem ao médico alemão Albert Neisser, que a descobriu em 1879.
É uma doença sexualmente transmissível (DST) cuja principal característica é a secreção de pus pela uretra. O período de incubação é de aproximadamente cinco a nove dias e, enquanto ainda se apresenta assintomática, é bastante contagiosa. Sua incidência é maior nos indivíduos entre 15 e 30 anos, sexualmente ativos e sem parceiro fixo. A bactéria penetra pela mucosa da região genital e por lá se aloja. Pode, também, se apresentar na garganta ou reto, em razão de outras práticas sexuais; ou até mesmo em outros locais do corpo, como articulações e pele, via corrente sanguínea, em casos mais raros e, também, mais complicados. Pode desencadear consequências mais sérias, como esterilidade. Bebês podem ser contaminados no momento do parto – normal - transmitido pela mãe, apresentando inchaço das pálpebras e secreção purulenta nos olhos. Há possibilidades de o recém-nascido ficar cego, caso não seja tratado.
Sintomas: corrimento leitoso, dor ao urinar e febre. Dor pélvica pode ocorrer, principalmente durante a relação sexual. Homens têm, como primeiros sintomas, desconforto na região, principalmente ao urinar, e o pênis pode se apresentar inchado. Em ambos, pode ocorrer a liberação de sangue juntamente com a urina e, caso não seja curada, pode causar infertilidade.
Tratamento: são utilizados antibióticos e, nos casos mais sérios, a internação pode ser necessária. Parceiros sexuais deverão procurar auxílio médico, a fim de verificar a presença da bactéria. Vale lembrar que a automedicação pode resultar na seleção artificial das bactérias, fortalecendo-as e agravando ainda mais o quadro.
Prevenção: o uso da camisinha é essencial. Exames de rotina específicos devem ser feitos, principalmente pelas mulheres de vida sexual ativa e sem parceiro fixo - em vista da gravidade da doença e suas não manifestações na maioria das pessoas desse sexo.
 

Tuberculose


Tuberculose: A tuberculose - chamada antigamente de "peste cinzenta", e conhecida também em português como tísica pulmonar ou "doença do peito" - é uma das doenças infecciosas documentadas desde mais longa data e que continua a afligir a Humanidade nos dias atuais. É causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de koch. Estima-se que a bactéria causadora tenha evoluído há 50.000 anos[carece de fontes], a partir de outras bactérias do gênero Mycobacterium.
A tuberculose é considerada uma doença socialmente determinada, pois sua ocorrência está diretamente associada à forma como se organizam os processos de produção e de reprodução social, assim como à implementação de políticas de controle da doença. Os processos de produção e reprodução estão diretamente relacionados ao modo de viver e o Trabalho do indivíduo.
A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente e generalizada da doença. Porém, o bacilo da tuberculose pode afetar também outras áreas do nosso organismo, como, por exemplo, laringe, os ossos e as articulações, a pele (lúpus vulgar), os glânglios linfáticos (escrófulo), os intestinos, os rins e o sistema nervoso. A tuberculose miliar consiste num alastramento da infeção a diversas partes do organismo, por via sanguínea. Este tipo de tuberculose pode atingir as meninges (membranas que revestem a medula espinhal e o encéfalo), causando infecções graves denominadas de "meningite tuberculosa".

Sintomas: Entre seus sintomas, pode-se mencionar tosse com secreção, febre (mais comumente ao entardecer), suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento, cansaço fácil e dores musculares. Dificuldade na respiração, eliminação de sangue (Hemoptise) e acúmulo de secreção na pleura pulmonar são características em casos mais graves.
Tuberculose resistente: A tuberculose resistente é transmitida da mesma forma que as formas sensíveis a medicamentos. A resistência primária se desenvolve em pessoas infectadas inicialmente com microorganismos resistentes. A resistência secundária (ou adquirida) surge quando a terapia contra a tuberculose é inadequada ou quando não se segue ou se interrompe o regime de tratamento prescrito.

 Diagnostico: Uma avaliação médica completa para a tuberculose ativa inclui um histórico médico, um exame físico, a baciloscopia de escarro, uma radiografia do tórax e culturas microbiológicas. A prova tuberculínica (também conhecida como teste tuberculínico ou teste de Mantoux) está indicada para o diagnóstico da infecção latente, mas também auxilia no diagnóstico da doença em situações especiais, como no caso de crianças com suspeita de tuberculose. Toda pessoa com tosse por três semanas ou mais é chamada sintomática respiratória (SR) e pode estar com tuberculose.
Prevenção: A imunização com vacina BCG dá entre 50% a 80% de resistência à doença. Em áreas tropicais onde a incidência de mycobactérias atípicas é elevada (a exposição a algumas "mycobacterias" não transmissoras de tuberculose dá alguma proteção contra a TB), a eficácia da BCG é bem menor. No Reino Unido adolescentes de 15 anos são normalmente vacinadas durante o período escolar.


Impetigo

Impetigo é uma infecção bacteriana que atinge a camada mais superficial da pele, a derme. Ocorre com mais frequência no verão: época em que a temperatura propicia a proliferação destes organismos. Esta doença tem maior prevalência em crianças, em razão da menor resistência que a pele tem neste momento da vida. Os estafilococos causam o denominado impetigo bolhoso, apresentando bolhas grandes, de parede muito fina. Quando estas se rompem, a região afetada fica vermelha, inflamada e com aspecto úmido. Pode ocorrer a presença de pus. Já o impetigo comum, causado pelos estreptococos, se manifesta como pequenas espinhas purulentas que, depois, evoluem para crostas.

Transmissão: se dá pelo contato direto, principalmente por meio de lesões cutâneas, como picadas de inseto, arranhões ou cortes preexistentes nesta região. Roupas e toalhas podem, também, ser via de transmissão, em casos mais raros. A Staphylococcus aureus e Streptococcus do grupo A são as responsáveis pela manifestação do impetigo. As manifestações cutâneas, desta forma, variam de acordo com o agente infeccioso.

Diagnóstico: é feito, geralmente, pela visualização das lesões. Exames de sangue e biópsia podem ser solicitados.
Tratamento: seja iniciado em até 48 horas após o aparecimento dos sintomas, visto que esta doença, em casos não muito frequentes, pode evoluir para um quadro mais grave, como febre reumática, varicela, glomerolunefrite ou se espalhar em outros órgãos; além da possibilidade de causar manchas nas regiões afetadas. Antibióticos orais, derivados da penicilina, são requeridos. Pomadas à base de mupirocina podem, também, ser recomendadas pelo médico.


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